28 de mar. de 2010

Flash: usar ou não?


Um assunto que gera muita discussão é sobre o uso de Flash nos sites. Alguns fazem sites inteiros em Flash, outros, sem nenhum elemento em Flash, já alguns, fazem uma mesclagem de HTML e Flash. É preciso saber avaliar cada caso para saber como usar o Flash.

Houve uma época, aproximadamente, entre o ano 2000 e 2006, que o Flash estava na moda. Uma época que sites estáticos em HTML já não eram nenhuma novidade e parecia que faltava algo. Algo que adicionasse maior interatividade e dinamismo nos sites. O Flash parecia uma solução para isso.

Em 2000, época em que o Flash 5 ganhou o action script, uma linguagem que permitiu uma interação maior para o desenvolvimento de sites, alguns desenvolvedores e criativos da publicidade começaram a ver novos horizontes para a criação de banners e sites. A partir de então, o Flash começou a ser visto como uma ferramenta assencial para o desenvolvimento de sites.

Sites todo em Flash como o da empresa 2Advanced viraram fontes de inspiração para muitos webdesigners. Os movimentos que o site fazia, os sons, as animações, a grande possibilidade de interação, o grande apelo visual impressionavam. Muitos achavam o máximo! Uma das versões antigas do site da 2Advanced que reflete bem isso é a 3.2, de 2001, disponível em http://v3.2a-archive.com/flashindex.htm.

Contudo, algumas desvantagens com o uso do Flash começaram a aparecer. Por exemplo, se o computador do usuário não tivesse o plugin Flash Player instalado, o internauta teria que instalar ou não poderia ver o site. Além disso, com a popularização dos sites de busca, a SEO (Search Engine Optimization ou Otimização para Sites de Busca) começou a representar uma grande importância para que os sites ficassem bem posicionados nos motores de busca, como o Google. O Flash, na época, não podia ter seu conteúdo indexado pelos mecanismos dos sites de busca, o que era um problema.

Um outro ponto importante é sobre a usabilidade e a acessibilidade dos sites. Sites todo em Flash na maioria das vezes são um transtorno para o internauta. É comum o usuário não conseguir usar o botão voltar do navegador, o clique com o botão direito do mouse, não poder selecionar o texto ou imprimir a página. Algumas vezes, o internauta precisa se adaptar a uma navegação totalmente nova, nada amigável ou intuitiva. Jakob Nielsen, o guru da usabilidade, que o diga.

No cenário atual, já é possível fazer um site em Flash seja mais amigável tanto para o usuário como para os mecanismos de busca. Contudo, um site todo em flash não consegue ser tão eficiente como o (X)HTML, que é a linguagem nativa da internet e a base para a construção de páginas na Web.

O plugin Flash Player já não é um grande problema, pois está presente em quase todos os computadores. O problema agora são os bloqueadores de Flash. O Firefox, por exemplo, possui alguns recursos para bloquear os conteúdos em Flash das páginas, como os addons Flashblock e o Adblock Plus, com centenas de milhares de downloads semanais, o que mostra a rejeição que muitos têm por conteúdos em Flash.

O uso de Flash é indicado para oferecer impacto, interatividade avançada, vídeos, jogos e entretenimento e não conteúdo principal. É interessante usar o flash em hotsites, banners, jogos, vídeos, sem exageros e mesclado ao (X)HTML. Para elementos cruciais para acesso ao conteúdo como textos, links e menus o (X)HTML é mais indicado que o Flash.

O público-alvo do site também define se é mais indicado usar-se Flash ou não. Públicos mais jovens normalmente têm uma melhor aceitação às animações e interações do Flash. Pessoas mais velhas e conservadoras preferem conteúdos estáticos.

É preciso estudar cada caso antes de aplicar Flash aos sites. A dosagem é de extrema importância. Em vez de usar um site todo em Flash, é preferível fazer uma mesclagem de (X)HTML e Flash. O equilíbrio é muito mais seguro que o exagero e proporciona uma navegação mais amigável ao usuário, oferecendo uma experiência agradável e disponível a todos.

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